Cachorro e criança são uma dupla imbatível, e os pets podem contribuir muito para o desenvolvimento dos pequenos nos mais diversos aspectos. Essa adaptação, no entanto, precisa ser muito cuidadosa para que todos os envolvidos saiam ganhando: tanto o cão tem que se acostumar com a criança quanto a criança e ele, e um deve aprender a respeitar o espaço do outro.
Leia este artigo para conferir dicas de como acertar na adaptação de cachorro e criança!
Os benefícios da convivência entre cachorro e criança
Ter um companheiro de quatro patas em casa traz muitos benefícios para o desenvolvimento infantil, nos mais diversos âmbitos. Confira os três principais:
Sócio-emocional
Um cachorro pode contribuir com uma criança aumentando sua sociabilidade e sua autoestima e diminuindo a ansiedade. Isso porque a interação com o animal estimula, também, interações mais positivas com outras pessoas, e oferecem uma relação saudável e sem julgamentos, que fazem com que a criança se sinta confortável.
Além disso, acariciar um cão ou brincar com ele são ótimas canalizações de energia e ansiedade, que impactam muito no equilíbrio do estado emocional — tanto de crianças como de adultos.
Responsabilidade
Dependendo da idade da criança, é muito benéfico dividir com ela as tarefas relacionadas ao cachorro na rotina da família, para promover o desenvolvimento da responsabilidade.
Nesse ponto, é essencial ter em mente que, por mais que essa seja uma boa oportunidade de aprendizado, a responsabilidade sobre o cachorro jamais deve cair sobre uma criança. São adultos que decidem ter um animal em casa e são eles que precisam assumir essa escolha, para garantir a saúde e o bem-estar do cão e, inclusive, a boa relação entre o bichinho e o pequeno.
- Leia também: Posse responsável de animais — entenda esse conceito
Sistema imunológico
Um dos principais receios dos pais ao pensar em adicionar um cachorro à família está relacionado às possíveis alergias das crianças. A boa notícia é que alguns estudos científicos já comprovam que os pequenos que crescem com animais em casa têm menos probabilidade de desenvolver asma e apresentam menos episódios de tosse, nariz entupido e infecções.
Se o seu filho é super alérgico, no entanto, vale conversar com o médico responsável para avaliar o caso. O que não pode é pegar um animal e desistir depois por conta disso, combinado? Lembre-se sempre: um pet não é um brinquedo que você compra e depois pode trocar. Por isso, essa deve ser uma decisão madura e bem pensada por todos os envolvidos e nos mais diversos aspectos.
Como acertar na adaptação de cachorro e criança
Se você já tomou a decisão e está prestes a aumentar a família com um cão, confira as dicas a seguir para proporcionar uma adaptação ao bichinho e à criança:
Procure raças que se dão bem com crianças
Não existe uma resposta exata para a pergunta de quais raças de cachorro se dão melhor com criança, porque tudo depende da personalidade de cada bichinho — mas é inegável que algumas têm características mais amigáveis, enquanto outras são mais reservadas.
É importante, também, levar em consideração a personalidade da criança para entender se ela tende a se dar melhor com um animal calminho, desses que gosta de ser pegado no colo para um chamego no sofá, ou são do tipo que preferem gastar energia por horas brincando com uma bolinha.
Na hora de escolher o animal, lembre-se, ainda, de levar em consideração as necessidades de cada raça, principalmente relacionadas ao tamanho! Cachorros muito grandes tendem a não se dar muito bem em espaços pequenos, por exemplo.
Se estiver em dúvida, consulte médicos-veterinários e trabalhadores de abrigos de animais para entender melhor sobre os bichinhos que mais se encaixam à sua família.
Ensine a criança a respeitar o animal
Outro cuidado fundamental a ser tomado nesse processo é deixar claro desde cedo para a criança que o cachorro não é um brinquedo. Ele é um ser vivo que precisa ser respeitado e cuidado, e não está ali apenas para brincar a hora que ela quiser.
Esses limites precisam ser impostos desde o começo para que essa relação seja o mais respeitosa possível e não gere intercorrências negativas para nenhum dos envolvidos.
Envolva a criança nas rotinas e necessidades do animal
Por mais que tenhamos deixado claro lá em cima que a responsabilidade oficial do animal deve ser dos adultos da casa, envolver a criança nas demandas do bichinho é excelente para o desenvolvimento da responsabilidade.
É claro que isso depende muito da idade do pequeno: uma criança de 3 anos não pode ficar com a tarefa de retirar o cocô, mas pode ajudar a colocar comida toda manhã! Já uma mais velha pode ficar responsável, por exemplo, por trocar o tapete higiênico e colocar a água (sempre sob supervisão, é claro, para que essas tarefas não sejam negligenciadas e o cachorro passe alguma necessidade).
Supervisione essa relação
Lembre-se, sempre: os adultos são os responsáveis pela supervisão dessa relação. Tanto crianças quanto cachorros são imprevisíveis, e por isso não dá para simplesmente confiar a comida do cão ao seu filho pequeno ou, ainda, assegurar que eles podem ficar brincando sozinhos por horas sem que nada aconteça.
Esteja sempre presente nessa relação para garantir a segurança e o bem-estar de ambos e, assim, essa convivência tem tudo para ser benéfica, durar muitos anos e marcar para sempre a história da criança!
Se, no seu caso, a ordem da história é contrária e o cão chegou primeiro, não se preocupe: temos um artigo para isso também! Leia o texto sobre como adaptar cachorro e bebê para tornar esse momento o mais tranquilo possível para toda a família.