Saiba Como Elas Podem Afetar a Saúde de Cães e Gatos
Erros comuns na alimentação de cães e gatos: como dar ração errada para a espécie/fase de vida, calcular mal a quantidade, trocar de alimento sem transição, exagerar nos petiscos e oferecer itens tóxicos – aumentam risco de obesidade, vômitos/diarreia, queda de pelo e deficiências nutricionais. Ajuste tipo, quantidade e transição do alimento e evite comida humana.
Por que isso importa?
A alimentação é fundamental para a saúde dos animais de companhia. Como a maioria dos pets depende de uma única fonte de alimento, a escolha impacta diretamente sua longevidade, peso, imunidade e bem-estar.
Especialista (Dr. Gustavo Quirino, médico-veterinário):
“Além de optar por alimentos completos e balanceados, atente à quantidade diária, às necessidades específicas por fase de vida, e evite alimentos da dieta humana (com exceção de algumas frutas e vegetais), ainda que seja ‘só um pedacinho’ para matar a vontade daquele olhar pidão, pois alguns alimentos podem ser altamente prejudiciais aos animais”.”
5 erros que mais prejudicam a saúde do pet (e como corrigir)
1) Dar alimento inadequado para espécie e fase de vida
Um filhote, seja de cão ou gato, tem necessidade nutricional diferente de um adulto, assim como um animal idoso. Por isso, existem alimentos desenvolvidos especialmente para diferentes idades, estilo de vida e condições.
- Cães ≠ gatos: gatos exigem, em média, mais proteína e gordura.
- Filhote / adulto / sênior: necessidades mudam com a idade, estilo de vida e condições especiais (obesidade, renais etc.).
Como corrigir: escolha a ração específica da espécie e adequada à fase, buscando “completo e balanceado”.
2) Errar na quantidade diária
Além de escolher um alimento completo e balanceado, existe outro fator determinante para promover a saúde e longevidade dos pets, e que nem sempre é levado em consideração pelos tutores: a quantidade diária consumida.
Fornecer a quantidade correta é muito importante para manter o pet no peso ideal (nem abaixo e nem acima do peso).
- Excesso → sobrepeso/obesidade, menor expectativa de vida.
- Deficiência → carências nutricionais, perda de massa muscular.
Como corrigir: use a tabela do fabricante como ponto de partida e ajuste com o veterinário conforme escore corporal, rotina e necessidades.
3) Trocar de alimento sem transição gradativa
Quando a troca de alimento é recomendada, não basta apenas fazer a substituição do atual pelo novo. Um dos erros mais comuns dos tutores, inclusive, é esperar acabar aquele que ele tem em casa para começar a oferecer o outro.
Trocas bruscas → vômitos, gases, diarreia e rejeição.
Como corrigir: transicione em 7 a 10 dias (ex.: 25% novo/75% antigo → 50/50 → 75/25 → 100%).
4) Exagerar nos petiscos
Os petiscos são, de forma geral, a forma mais universal dos tutores demonstrarem o afeto aos seus pets, porém, oferta-los sem restringir a quantidade pode levar ao consumo excessivo de calorias, resultando no ganho de peso, podendo deixar o animal obeso.
Como corrigir: limite de petiscos a ≤10% das calorias diárias e prefira opções funcionais aprovadas pelo vet.
5) Oferecer alimentos tóxicos
Chocolate, uva/uva-passa, cebola, alho, álcool, adoçantes como xilitol, entre outros, podem ser perigosos.
Como agir: se houver ingestão acidental, procure o veterinário imediatamente.
Sinais de possível deficiência nutricional
- Pelagem opaca/quebradia, queda aumentada.
- Perda de peso e massa muscular, proeminência óssea.
- Desidratação: mucosas pálidas, olhos fundos, pele com baixa elasticidade, nariz/olhos secos.
Água fresca e fontes de água ajudam muito (especialmente em climas quentes).
Checklist rápido para o tutor (salve este bloco)
- Espécie e fase corretas (cão/gato, filhote/adulto/sênior).
- “Completo e balanceado” no rótulo.
- Quantidade medida (balança/medidor), revisada a cada 30–60 dias.
- Transição gradual ao trocar a ração.
- Petiscos ≤10% das calorias diárias.
- Zero alimentos tóxicos/comida de humano sem orientação.
- Água sempre fresca; em calor intenso, redobre a oferta.