O quanto você conhece sobre essa doença e como pode proteger quem você ama?
Agosto é o mês em que a cor verde-claro chama atenção de todo o Brasil com um propósito muito especial: alertar sobre a Leishmaniose Visceral.
Essa é uma doença grave, que pode afetar tanto cães quanto humanos, e o combate depende de informação, prevenção e ação rápida.
O mosquito que ameaça cães e pessoas
Pequeno, silencioso e quase invisível, o mosquito-palha é o único transmissor da Leishmaniose Visceral.
Ele se desenvolve em locais úmidos, sombreados e com acúmulo de matéria orgânica, como folhas, lixo ou restos de madeira.
O ciclo é simples, mas perigoso: o mosquito pica um cão infectado, adquire o protozoário Leishmania, e depois pode transmiti-lo ao picar outra vítima — humana ou canina.
E vale reforçar: não há transmissão direta entre cães e humanos.
Os sinais que merecem atenção
O perigo da Leishmaniose está não apenas na gravidade da doença, mas também na variedade dos sintomas, que podem ser confundidos com outros problemas.
Nos cães, fique de olho em:
- Pele com feridas que não cicatrizam;
- Crescimento exagerado das unhas;
- Lesões nos olhos;
- Falta de apetite, perda de peso e fraqueza.
Nos humanos, os sintomas mais comuns incluem:
- Febre prolongada;
- Barriga inchada;
- Anemia, palidez e cansaço constante;
- Emagrecimento.
Quanto mais cedo o diagnóstico for feito, maiores as chances de controle e de qualidade de vida para o paciente.
Diagnóstico: onde procurar ajuda?
Se houver suspeita, o melhor caminho é procurar um médico-veterinário, no caso dos cães, ou uma Unidade de Saúde, no caso das pessoas.
O SUS oferece exames gratuitos tanto para humanos quanto para animais suspeitos.
No Brasil, o tratamento gratuito é exclusivo para humanos. Cães infectados precisam ser acompanhados por veterinários da rede particular, já que não existe cura parasitológica, mas há formas de tratamento que controlam os sintomas e reduzem a transmissão.
Como se prevenir da leishmaniose?
Evitar que o mosquito transmita a doença é o objetivo principal das medidas preventivas.
E isso começa dentro de casa e no ambiente onde o pet vive.
Para proteger o seu cão:
- Utilize coleiras repelentes com deltametrina 4%;
- Evite levá-lo a áreas com alta concentração de cães em regiões afetadas.
Para se proteger:
- Use repelente, especialmente em horários de maior atividade do mosquito – início da manhã, fim da tarde e noite;
- Prefira roupas que cubram braços e pernas;
- Evite áreas de mata em regiões com transmissão confirmada.
Para combater o mosquito:
- Mantenha quintais, praças e terrenos limpos;
- Não deixe lixo ou restos orgânicos acumulados;
- Recolha folhas, fezes e madeira;
- Evite criar galinhas e porcos em áreas urbanas.
Um compromisso coletivo
A Leishmaniose Visceral é uma doença de notificação obrigatória.
Todo caso confirmado ou suspeito precisa ser registrado no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), permitindo o monitoramento pelos órgãos de saúde.
Conscientizar é proteger!
O Agosto Verde-Claro nos lembra que cuidar da saúde dos pets é também cuidar da saúde das pessoas.
A prevenção é simples, o tratamento exige atenção, mas o mais importante é não subestimar a doença.
Com informação e atitude, podemos reduzir os riscos e garantir uma vida mais saudável para todos.